segunda-feira, 17 de março de 2008

SOPRO

Vindo de outro lugar, um mundo vago, soprou no ouvido dele algumas palavras. Aos 70 veio o labirinto, a tontura, o devaneio. Esquecer, lembrar. Esquecer para lembrar, lembrar para esquecer. Recorda agora o sopro no pé da orelha: foi amor...e evaporou-se ela, junto com ele.

2 comentários:

Cristina Ávila disse...

"(...) E pediu às tantas águas vertidas pelos dois corpos, misturadas, que ao evaporar não levassem nada embora: nem história, nem um e nem outro, nem quem também lhe soprava amor todos os dias. Chamou."

P0NT0 CEG0 disse...

Amo Você!